Autor: garotadpi
Porto Alegre, Belo Horizonte e Campinas recebem o festival
Em 2009 e 2010, a quarta edição do Assim Vivemos, Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, será exibida em mais três cidades, inaugurando a tão esperada itinerância. Com o patrocínio da PETROBRAS nas cidades de Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Belo Horizonte, iniciamos a circulação do festival, que esperamos ampliar cada vez mais.
Na programação, predominam filmes centrados nos indivíduos: em suas subjetividades, sentimentos, ideias, conflitos familiares e dramas pessoais; refletindo uma tendência do documentário e da produção artística em todo o mundo.
Mais uma vez, enriquecemos nosso mapa cinematográfico com a presença de produções da Bielorrússia, Noruega, Israel, Argentina, Canadá e França, montando um painel multicultural de alta qualidade.
Vale notar a presença de duas produções brasileiras, nas quais alguns dos nossos principais diretores lançaram seu olhar sobre a questão da deficiência: Sentidos à flor da pele, de Evaldo Mocarzel e Pindorama, de Roberto Beliner, Lula Queiroga e Leo Crivellare.
O Festival Assim Vivemos é bienal e teve sua primeira edição realizada em 2003, no Rio de Janeiro e em Brasília, sempre com o patrocínio do Banco do Brasil e realização do Centro Cultural Banco do Brasil. A partir de 2009, também em São Paulo.
Todas as sessões terão ENTRADA FRANCA. Esperamos vê-los no festival!
Porto Alegre: de 21 a 26 de setembro, no Cine Bancários
Belo Horizonte: de 15 a 21 de outubro, no Cineclube Savassi
Campinas: a confirmar
Na programação deste ano, predominam filmes centrados nos indivíduos: em suas subjetividades, sentimentos, ideias, conflitos familiares e dramas pessoais; refletindo uma tendência do documentário e da produção artística em todo o mundo.
Troféu do Assim Vivemos 2009: Escultura em Bronze criada pela artista plástica Virgínia Vendramini.
Grande prêmio do público
Mundo Asas
Premiados do júri:
Prêmio Sensibilidade:
Corações
Prêmio Vida Independente
Como você ousa?!
Prêmio Estrela
Borovichock
Prêmio Estado de Consciência
Omar, você aceita minha deficiência?
Prêmio Irreverência
Pindorama
Juri:
Moira Braga
Formada em Jornalismo, atriz e apresentadora do Programa Assim Vivemos, da TV Brasil.
Rose La Creta
Cineasta e terapeuta reichiana, diretora de diversos documentários, entre eles, “Ida e volta ao inconsciente” (1972), “Mestre Leopoldina, a fina flor da malandragem” (2005) e “NZINGA” (2007).
Geraldo Nogueira
Advogado, Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-RJ e Diretor Jurídico do Conselho Nacional dos Centros de Vida Independente, CVI Brasil.
São Paulo
7/10 – Educação Especial, Inclusiva e Estigmas
Rosana de Lima Soares – Mestre e Doutora em Ciências da Comunicação USP. Pesquisadora do Grupo de Estudos de Linguagem: Práticas Midiáticas (ECA-USP); Professora da USP no curso de graduação em Jornalismo e no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, com pesquisa sobre os Estigmas relacionados com pessoas com deficiência.
Ana Mae Barbosa – Mestre em Art Education – Southern Connecticut State College (1974) e Doutora em Humanistic Education – Boston University (1978). Atualmente é professora titular aposentada da USP e professora da Universidade Anhembi Morumbi. Especialista em Arte-Educação, História do Ensino da Arte, Ensino do Design, Administração de Arte e Multiculturalidade.
08/10 – Acessibilidade, Limitações e Superação
Leonardo Feder – Jornalista formado pela USP – Universidade de São Paulo (2003-2007). Tem distrofia muscular de Duchenne, doença genética que causa atrofia progressiva dos músculos; usa cadeira de rodas desde os 15 anos. Aos 15, lançou o livro policial “O enigma do assassinato das idosas”.
Abrahão Augusto Quadros – Presidente da ABRELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica. Fisioterapeuta, Coordenador do Ambulatório de Síndrome Pós Pólio da UNIFESP/EPM.
François Paul Gonot – Paciente da ABRELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica. Portador de ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica, perdeu todos os movimentos do corpo e a fala. Comunica-se através de uma tabela com o abecedário.
14/10 – Autista e Artista
Lúcia Reilly – Pesquisadora da UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas, na interface arte e deficiência. Autora do livro Armazém de Imagens, sobre a produção artística extraordinária de um jovem com deficiências múltiplas.
Estevão Vadasz – Psiquiatra, Coordenador do Projeto Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. Psiquiatra Responsável pela Associação de Amigos do Autista (AMA) de São Paulo.
15/10 – Surdo: Sinalizado ou Oralizado
Anahi Guedes de Mello – Cientista Social, militante do Movimento de Vida Independente; Membro do Núcleo de Estudos de Modos de Subjetivação e Movimentos Contemporâneos, no Laboratório de Antropologia Social da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.
Paullo Roberto Amaral Vieira – Presidente da Associação dos Surdos de São Paulo; Coordenador do Departamento de Natação da CBDS (Confederação Brasileira dos Desportos dos Surdos); Líder do Movimento dos Surdos e Surdo-Cegos em São Paulo – SP; Assistente Técnico da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida da Cidade de São Paulo.
Brasília
26/08 – Educação Especial: Histórico e Políticas
Silvana Patrícia de Vasconcelos – Responsável pela Educação Especial na Secretaria de Educação de Luziânia e Diretora Voluntária da Escola Maria Teixeira.
27/08: Acessibilidade para limitação motora
Mércia Lorentz – Fisioterapeuta, atua em Neurorreabilitação na Rede SARAH, estágio de observação em Hospitais de Reabilitação nos USA como bolsista do CNPQ/SARAH, especialista pela Universidade de Brasília em Educação e Promoção de Saúde.
Emerson F. Martins – Professor Adjunto do Curso de Fisioterapia da Universidade de Brasília – UnB; Doutor em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo – USP Fisioterapeuta formado pela Universidade federal de São Carlos – UFSCAR.
02/09 – Autista e Artista
Maria Lucia (Mara) – Diretora de Eventos do Movimento orgulho Autista do Brasil e avó de Victor autista de 9 anos.
Rosa Horita – Psiquiatra de crianças e adolescentes, que trabalha com crianças autistas.
03/09 – Surdo: Sinalizado ou Oralizado
Enilde Faulstich Professora de Lingüística e de Língua Portuguesa; Chefe do Departamento de Lingüística, Português e Literatura do Instituto de Letras da UnB; Coordenadora do Curso de Licenciatura em Letras – LIBRAS (2006)
Messias Ramos Costa Diretor Regional da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – FENEIS; Mestrando em Lingüística pela Universidade de Brasília – UnB; Professor de Língua de Sinais Brasileira – LSB.
Anahi Guedes de Mello – Cientista Social, militante do Movimento de Vida Independente; Membro do Núcleo de Estudos de Modos de Subjetivação e Movimentos Contemporâneos, no Laboratório de Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
Gláucio Castro – Surdo bilíngüe, Professor de biologia, Biólogo, graduando de Letras-Libras, Pesquisador de Iniciação Científica e Mestrando em Lingüística na Universidade de Brasília
Rio de Janeiro
5/08 – Educação especial, histórico e políticas
Cristina Delou – Mestre em Educação pela UERJ e Doutora em Educação: História, Política, Sociedade, pela PUC-São Paulo. Professora Associado I da UFF. Coordenadora dos Cursos de Pós-Graduação Lato-Sensu da Faculdade de Educação e do projeto de extensão “Escola de Inclusão”.
Roseni Silva Cardoso – Professora, Psicóloga e Psicopedagoga. Coordenadora de Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro.
6/08 – Acessibilidade para limitação motora
Aliny Lamoglia – Psicopedagoga clínica, Dra. em Psicologia Social, Profª Adjunta do Departamento de Fundamentos de Educação da UNIRIO, Coordenadora do Núcleo de Educação Inclusiva, Org. do livro: “Temas em Inclusão: saberes e práticas” (2009).
Lenira Luna – Médica radiologista há 28 anos e tetraplégica há 33 anos.
12/08 – Autista e artista
Sonia Caldas – Mestre em Psicologia Clínica e Membro Efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, com trabalhos publicados sobre autismo. Psicóloga responsável por uma clínica de atendimento para crianças autistas.
Luiz Fernando Vianna – Jornalista de 39 anos e pai de um menino autista de 8 que vive na Austrália.
13/08 – Surdo: sinalizado ou oralizado
Vera Loureiro – Especialista na área da surdez e Mestre em Linguística Aplicada pela UFRJ, professora da PUC-Rio e professora aposentada do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos)
Valdo Nóbrega – Ator premiado pelo filme O Resto é Silêncio, de Paulo Halm (exibido no Festival Assim Vivemos 2003 e no Programa Assim Vivemos 2009).
Debates 2010
Porto Alegre
Autista e artista
Motivado pelo filme Somos todos Daniel
Debate quinta, 23/09, às 18h30
Convidados a confirmar
Surdo: sinalizado ou oralizado
Motivado pelos filmes Sou surdo e não sabia e Vozes de El-Sayed
Debate sexta, 24/09, às 18h30
Convidados a confirmar
Belo Horizonte
Autista e artista
Motivado pelo filme Somos todos Daniel
Debate quarta 20/10, às 17h30
Convidados a confirmar
Surdo: sinalizado ou oralizado
Motivado pelos filmes Sou surdo e não sabia e Vozes de El-Sayed
Debate quinta, 21/10, às 17h30
Convidados a confirmar
, 90 min
Argentina,
Direção: Leon Gieco, Sebastian Schindel e Fernando Molnar
Este é um filme de estrada. Músicos, cantores, dançarinos e pintores; todos importantes artistas com diferentes capacidades e diferentes deficiências expressam suas visões de mundo, acompanhados pela voz, talento e experiência de Leon Gieco, numa turnê por várias cidades argentinas. Durante esse tempo, histórias de amor e relações humanas se revelam como prova de que a integração é possível. Uma maravilhosa experiência musical sobre superação de dificuldades e amor, que começa por nomear e reconhecer as pessoas por suas capacidades.
This is a road movie. The initiation trip of a group of new young artists, who present their works accompanied by the voice, talent and experience of León Gieco on a tour around several Argentinean provinces. Musicians, singers, dancers and painters; all of them important artists with different capacities, who express and communicate their perspective of the world: their worries, their joy, their inspiration, in a show that blends music, dancing and painting. A unique film that hopes to include everyone. A wonderful musical experience about overcoming difficulties and loving, which starts by naming and acknowledging people by their capacities.
Body memory
Körpergedächtnis
Documentário, 15 min
Alemanha, 2004
Direção e Produção Katia Scholz
Vemos Elena Wiele no seu treinamento de artes marciais. O corpo aprende a armazenar padrões de ação pela repetição de seqüências de movimentos, até que eles se fixem na memória muscular. Mas o que fazer se nessa memória surgirem lapsos? Como fazer se cada ação, cada passo, cada movimento tiver que ser constantemente resgatado novamente pelo esforço do cérebro? Elena tem paralisia cerebral. O filme mostra sua luta diária com um corpo “lesado”, que não está livre para fazer tudo que poderia, e sua batalha com um mundo sem deficiência.
We see Elena Wiele at her martial arts training. The body learns to store motion patterns by repeating sequences of movements until they are indelibly written into the muscular memory. But what if there are gaps in this memory? What if every action, every step, every movement has constantly to be called up afresh via the thinking brain? Elena has cerebral paresis. The film shows her daily battle with a “damaged” body, that is not permitted to do all it can, and her battle with a non-disabled world.
Alone2 (Alone on the square)
Mono2 (Monos sto tetragono)
Ficção, 11 min
Grécia, 2001
Direção Manos: Kouanis
Produção: Yorgos Louizos e Panos Kouanis
“Ao quadrado”, além do significado matemático, em Grego quer dizer um quarteirão de edifícios ou a calçada que cerca um quarteirão.
Michalis é um jovem que vive na Atenas contemporânea. Usando sua cadeira de rodas, seu cotidiano é uma aventura cheia de obstáculos. Preso entre carros, degraus e sacos de lixo, cercado por pedestres, ele encontra maneiras criativas de circular pelas ruas. Michalis Damaskinos, protagonista do filme, é campeão paraolímpico grego de tênis.
“On the square”, beyond the mathematical meaning, in Greek means a block of buildings or the pavement that surrounds a block. Michalis is a young man, living in modern-day Athens. Confined to a wheelchair, his daily outing becomes an adventure filled with obstacles. Trapped between cars, hemmed in by scaffolding and piles of garbage, surrounded by people, he resorts to innovative means in order to be able to go around the block. Michalis Damaskinos, the person playing the leading character, is actually disabled and he is a national tennis champion in the Paralympics.
Touch me some place i can feel
Raak me waar ik voelen kan
Documentário, 53 min
Holanda, 2007
Direção: Simone de Vries
Produção: Niek Koppen e Jan de Ruiter
Toque-me onde eu possa sentir é um filme sobre John Callahan, famoso cartunista americano. Aos 21 anos ele sofreu um sério acidente automobilístico que o deixou paralisado da cintura para baixo. Passou a dedicar-se ao desenho, o que não foi uma opção óbvia, pois tem muita dificuldade em usar as mãos. Com um estilo cru, segurando a caneta com as duas mãos, ele desenha a si mesmo como um tolo. Seus cartuns, quase sempre uma observação cínica e cáustica da humanidade, não recebem apenas aclamação. Protestos e cartas furiosas fazem parte da sua vida.
This is a film on John Callahan (54), in the USA known for his cartoons. At age 21 he gets in a serious car-accident and is paralyzed from the waist down. His outlet becomes drawing, not the most obvious choice because he can hardly use his hands. With a raw style, pen clutched between his hands, he draws himself silly. His spot- on, mostly cynical and ruthless observations of mankind do not just gather acclaim. Protest-marches and angry letters are his share.
Coque of the buriti
Documentário, 15 min
Brasil, 2006
Direção Gel Messias
Produção Luiza Mendes
A história de um artesão e tocador de viola que por amor à música consegue superar a sua deficiência e a discriminação, criando um método único de tocar e confeccionar suas violas a partir da palmeira de Buriti.
This is the story of a guitar playing craftsman who with his passion for music has surpassed the difficulties caused by his disability and all kind of prejudice against him. He has developed a unique way of playing and building the guitar, making it from a native palm tree called Buriti.
The light of our eyes
Szemünk fénye
Documentário, 60 min
Hungria, 2006
Direção: Ágota Varga
Produção: András Muhi
Kati e Gyõzõ são casados e têm um filhinho de dois anos de idade, Ferike. O casal é cego e o filho é vidente. O filme acompanha a família desde o nascimento do bebê, registrando momentos inusitados e imprevisíveis
Kati and Gyõzõ, a blind couple, have a two-year-old baby, Ferike. From the time of his birth the film spent whole weeks with the family the camera documenting a collection of unexpected and unrepeatable moments.
The obvious and the obtuse
Lo obvio Y lo obtuso
Documentário, 14 min
Espanha, 2006
Direção Nuria Polo
Produção Hector Faver
Uma pessoa cega assiste a um filme numa sala de projeção. Ouvimos uma voz que explica o que está se passando na tela.
A seguir, vamos uma série de entrevistas do diretor com diversas pessoas cegas em busca do exercício inverso: as imagens cinematográficas buscando reproduzir as percepções cotidianas descritas pelos cegos. A percepção visual combina-se com as imagens construídas pelos cegos, fazendo-nos reconsiderar as relações entre imagem e espectador.
A blind person is in a screening room watching a film. Someone provides a voiceover to explain what is happening on screen. Afterwards there is a series of interviews between the director and several blind people allowing us to perform an inverse exercise: the cinematographic image seeks out the everyday perceptions as described by a blind person. The visual perception matches the blind person’s image making us re-consider the relationship between image and spectator.
Prêmios Seminiti Valladolid